Aos amigos
18 de novembro de 2009 às 18:45
Neste post, deixamos registrado toda a nossa gratidão por aqueles que de uma forma ou de outra, contribuíram para o sucesso do BlogDuMercado. E se você está pensando que acabou! Enganou-se, nosso trabalho no Mercado Público só está começando!
Agradecemos aos comerciantes, aos anônimos e todos que contribuíram para o nosso crescimento acadêmico e cultural. Obrigado aos nossos seguidores e comentaristas do blog que participaram com sugestões, críticas, elogios, ou apenas votando na enquete.
Por fim, como não podia deixar de ser, somos imensamente gratos pelo empenho de todos os professores e dos colegas de aula que tanto torceram por nós. Obrigado!!!
Equipe BlogDuMercado
Gastronomia é a opção mais procurada
às 18:30
Com 59 votos, a gastronomia do Mercado é a preferida entre os leitores do blog. “O que você procura no Mercado Público?”, foi a primeira enquete realizada pelo site. A pesquisa teve a participação de 169 pessoas e aconteceu entre os dias primeiro e 18 de novembro.
Entre as outras opções, o peixe fresco da ala sul terminou como o segundo mais procurado entre os pesquisados (43 votos). O lazer ficou em terceiro (35 votos). Finalmente, o comércio em geral encerrou em quarto (32 votos). No espaço, além de você encontrar os produtos e serviços, o visitante aproveita para participar e reviver a história de Floripa.
Esta diversidade atrai pessoas de todos os cantos da cidade, além dos turistas do Brasil e do mundo. São 110 anos de existência com manifestações democrática e popular no ponto mais tradicional de Florianópolis. O "Shopping do povão", como é carinhosamente apelidado pelos comerciantes do Mercado, conta com um cenário que encanta e conquista todos que passam ou frequentam o local.
Postado por Evandro Bossle
O Relógio do Mercado
às 15:20
O jornalista Oscar Lobo homenageia o Mercado Público com a poesia "O relógio do Mercado". A grata surpresa aconteceu após convidarmos o jornalista para conhecer o BlogDuMercado.
No primeiro semestre deste ano, Oscar participou de outro trabalho acadêmico. Na ocasião, o jornalista concedeu uma entrevista de rádio.
O apoio e o carisma desta grande personalidade dos meios de comunicação fez com que o medo de falar em uma rádio pela primeira vez, desaparecesse. E no lugar, só sobrou espaço para um agradável bate papo.
Oscar Lobo tem grande experiência em rádio e jornal. O destaque ficou por conta da famosa frase "Em Brasília, 19 horas!", no qual iniciava o programa "A Voz do Brasil" na RádioBras, até 1995.
Mas vamos ao que interessa!
Em primeira mão para os nossos leitores.
O relógio do Mercado
Tique-taque, tique-taque...
que tempo é esse, tão fugaz
Sons perdidos, sem destaque,
Vozes que ecoam para trás?
Paixões distantes, caladas,
Em seu coração contidas,
Memórias aprisionadas
Em suas lentas batidas.
Te vejo assim, imponente,
A vigiar o mercado
És testemunha presente
Do futuro e do passado
Mercado Público, agora,
Anda muito agitado,
Teu tique-taque da hora
Parece atropelado.
O teu tique-taque amigo
Presenciou tristezas, dores,
E sendo assim, tão antigo,
Marcaste encontros, amores.
Em tua memória resta
Tantos barcos atracados
Os pescadores em festa
Desembarcando pescados
Casais felizes passavam,
Tão lindos, de braços dados,
Beatas que só rezavam
Purgavam os seus pecados.
Homens vendendo pombinhos,
que traziam na balaias
Meninas com seus alinhos,
com belas e longas saias.
Ah, que saudades eu tenho
Dessas lembranças tão ternas
Dos bons tempos do engenho
Das pombocas, das lanternas
Para mim soa tão belo,
Que me deixa emocionado,
O tique-taque singelo
Do relógio do mercado.
Postado por Emanuel Soares
Foto: Luzia Vidal
Encontro dos Bois de Norte a Sul
15 de novembro de 2009 às 20:13
O Encontro dos Bois de Norte a Sul que aconteceu em Florianópolis, encerrou ontem, dia 14 de novembro. Durante o evento, o público pode apreciar as apresentações de grupos folclóricos de seis estados brasileiros e participar também de oficinas e debates sobre o assunto. O destaque ficou com o Bumba-meu-boi de São Luís do Maranhão, da Companhia Barrica que emocionou os presentes com a bela performance no palco.
No sábado, o público também se divertiu com participantes da Grande Florianópolis, em especial com o Grupo Alevanta Meu Boi da praia dos Ingleses. A festa terminou as 22 horas com Cultural & Parafolclórico Eco Marajoara da ilha de Marajó/PA. "É gratificante assistir e participar de um evento que mostra a cultura dos bois bumbá que parecia estar com os dias contados. A festa é linda, espero voltar no próximo ano e ter o privilégio de ver mais da cultura dos bois", afirma a turista Maria de Lourdes de São Paulo.
Postado por Luzia Vidal
"Já di" a dica!
14 de novembro de 2009 às 15:00
Você sabe dizer o que um istepô do sul da ilha fala quando vai ao Mercado público? É bem possível que sim, ou talvez não. Na dúvida, fique ligado!
E para nos ajudar nesta difícil empreitada, contamos mais uma vez com o Dicionário da Ilha - Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina do nosso querido amigo Fernando Alexandre.
Alifante – Elefante.
Alumiação – Acender velas, dar a luz, brilhar, festejar.
Amiga – Amante.
Apertume – Aperto, sufoco.
Aribú – Urubu.
Arrombassi – Elogio ou afronta, ou os dois juntos.
Atentá – Aporrinhar.
Avião de rosca – Helicóptero.
Azúli – Azul.
Biacu – Peixe Baiacu.
Bilro – Instrumento utilizado para fazer renda.
Boi ralado – Carne moída.
Caldo – Prato típico da ilha com frutos do mar.
Calhau – Coisa grande.
CDF – Pessoa inteligente, Abreviatura de “Cu de ferro”.
Conduto – Prato principal da refeição.
Degavar – Devagar.
Degavarinho – Devagar.
Deitar o cabelo – Ir embora.
Desinfeliz – Infeliz.
És o maió – És o melhor.
Fêgi – Fez.
Ferrado – Bêbado.
Gauncho – Gaúcho.
Gaviota – Gaivota.
Grado – Grande.
Já di – Já dei.
Lance – Ato de pegar cardume.
Malino – Pessoa malvada.
Manezinho – Nativo da ilha, nome de peixe.
Pamonha – Tolo.
Relo – Mal vestido.
Súli – Sul.
Supapo – Tapa forte.
Postado por Evandro Bossle
BlogDuMercado vira notícia na TV
13 de novembro de 2009 às 09:00
A equipe BlogDuMercado fala sobre o planejamento e a montagem de todo o trabalho acadêmico para o programa "Você Precisa Saber", da Record News. A entrevista foi concedida no dia 09 de novembro e contou com a participação de três dos quatro integrantes do grupo: Evandro, Emanuel e Marcieli. Para você que não viu ou deseja rever, confira agora o bate-papo descontraído que rolou na TV.
O programa "Você Precisa Saber" vai ao ar pela Record News, de segunda a sexta-feira, às 13h. O quadro foi apresentado pelo jornalista Jaime Júnior e teve duração aproximada de oito minutos. Vale a pena conferir!
Postado por Luzia Vidal
Entenda porque o "DU" e não o "DO"
12 de novembro de 2009 às 21:00
Foi numa dessas aulas que decidimos o nome do blog. Ser aluno da Sílvia é uma brincadeira da própria professora que usa a frase para responder aos alunos desavisados, aquelas perguntas sem sentido. Mas vamos ao que interessa!
Estudando a sonoridade das palavras, entendemos que a troca dos dois termos deveu-se à preferência do falante brasileiro pela segunda articulação no lugar da primeira. Em outras palavras, seria o desejo natural pela letra “u” em detrimento da letra “o”.
A razão é simples. Em língua portuguesa, as preposições são átonas, e nessa posição as vogais perdem sua "estabilidade" articulatória. Assim, em sílabas átonas, as vogais anteriores - é, ê, i - são intercambiáveis. O mesmo se dá com as vogais posteriores ó, ô, u. Então, palavras como "menino" são pronunciadas no Brasil como "mininu", "méninu", "mênínu" ou "ménino".
Existem muitas possibilidades de variação articulatória dessas vogais, mas a preferência entre os brasileiros é pela posterior "u" e pela anterior "i". Após essas aulas, foi fácil definir o nome BlogDuMercado.
Qualquer dúvida, você pode consultar a obra Introdução à Fonologia do Português de Regina Célia Pagliuchi da Silveira – São Paulo / 1982; todas as informações foram retiradas deste livro. Outra forma mais divertida e gostosa de entender, é matriculando-se em um dos cursos ministrados pela Sílvia.
Postado por Evandro Bossle
Entrevista com Presidente da Associação dos Comerciantes do Mercado Público
11 de novembro de 2009 às 09:17
A equipe do Blog esteve no Mercado Público e conversou com o Presidente da Associação dos Comerciantes, Oreste Melo. Entenda porque o espaço é considerado o mais democrático de Floripa.
Saiba também o que as pessoas pensavam, após o incêndio de 2005, sobre o que deveria ser comercializado na ala norte que após a tragédia passou por reformas. A reportagem ainda conta com a participação do personagem mais popular e querido do Mercado, o Xexeu. Vale a pena conferir!
Postado por Emanuel Soares
Esse é "femomenal"
10 de novembro de 2009 às 18:00
Nós facilitaríamos muito para o leitor se o post iniciasse assim: O Mercado Público não foi mais o mesmo depois da chegada do "Femômeno", o Xexéu. Ahhh, agora sim, não é mesmo? Essa figura é tão conhecida na ala sul que não poderia ficar de fora do BlogDuMercado.
Atualmente, Xexéu é um dos mais famosos personagens do Mercado. Ele começou a trabalhar no local com 13 anos acompanhando o pai e não quis mais outro emprego. Este manezinho é funcionário da Peixaria do Nico e faz da profissão uma diversão.
Jucélio, ou melhor, Xexéu ainda se popularizou entre os frequentadores do complexo pela famosa frase “Isso é um femômeno!”. Ao falar do lugar, ele afirma que a história do Mercado se confunde com a própria história. "O Mercado faz parte da minha vida", completa o vendedor de peixes.
Postado por Evandro Bossle
Foto: Luzia Vidal.
A cara do Mercado
9 de novembro de 2009 às 16:00
Poucos espaços em Floripa, ou até mesmo em Santa Catarina, são tão democráticos quanto o nosso Mercado Público. Das calçadas em volta do prédio já podemos sentir o aroma da diversidade. Cheiro de peixe, de plástico, de cigarro ou de ração, uma mistura característica. Sem querer generalizar, mas quase tudo pode ser encontrado entre aquelas paredes de cor amarelo escuro, e consequentemente todo tipo de pessoa também. Porém existem algumas que de uma forma ou de outra constroem a face multicultural do complexo.
Nos bares e restaurantes, encontramos turistas de todo mundo (muitos abastados), marcam presença em qualquer época do ano. Pelos corredores das peixarias podemos encontrar simples senhoras procurando um peixe fresco para o almoço ou senhores procurando um bom papo de pescador.
Nos deparamos também com o jovem trabalhador que faz questão de fazer dos corredores do Mercado o seu “caminho da roça”, pelo simples prazer de passar pelo cenário marcante. Por fim, não podemos esquecer os comerciantes, os artistas de todos os gêneros, os ambulantes, os estudantes e tantos outros que ajudam a construir a identidade do Mercado, identidade única, sem preconceitos e querida por todos.
Postado por Marcieli Zucchi
Encontro de Bois de Norte a Sul em Floripa
às 13:00
Além das apresentações, o evento oferecerá oficinas e debates sobre a cultura popular e a comunidade, além de exibições de filmes sobre o assunto. Confira toda a programação clicando aqui.
Gastronomia lidera a pesquisa do BlogDuMercado
8 de novembro de 2009 às 19:00
O objetivo da pesquisa é mostrar o que o nosso leitor procura no ponto mais tradicional da cidade. As opções para votação são comércio em geral, gastronomia, lazer, e claro, o peixe fresco. Não deixe de participar!
Postado por Evandro Bossle
Encontro marcado
7 de novembro de 2009 às 17:00
Dia desses, estava eu na praça da alfândega, logo ali no centro de Floripa. Esperava por alguém. Marcamos um encontro, em frente ao Mercado. Comecei a observar o lugar. Os passáros, as pessoas, os cachorros que vivem no local ou apenas os que estavam de passagem, a arquitetura do prédio, as plantas e todo o movimento daquele fim de tarde.
Engraçado, todo dia passo pelo Mercado, e com a pressa, nem percebia os acontecimentos. O centro da cidade não teria o mesmo charme sem este prédio. As lojas de calçados de um lado com vendedores sempre nos abordando com aquela famosa pergunta: “Posso ajudar?”. Do outro lado, as peixarias. O cheiro característico, o burburinho de quem ainda procura por um peixe fresco. Por fim, no meio, o vão central. Lugar de gente, de música, de aromas e cores. Tenho boas lembranças do Mercado.
Só não é melhor pelo odor de urina que exala das paredes, das "reuniões" dos moradores de rua e pela sujeira no chão. Falta educação! Do fumante que resolve fazer do chão um cinzeiro, do apressado que joga o papelzinho, muitas vezes, ao lado de uma lixeira, e falta educação até da loja! Que larga o lixo de qualquer jeito no meio da calçada.
Naqueles poucos minutos que ali fiquei, também cheguei à conclusão que faltam oportunidades. Falta oportunidade para o mendigo que cansou de tentar. Falta oportunidade para o pivete que perdeu para a droga. Falta oportunidade para o alcoólatra que foi derrotado pela bebida. Todos, pessoas. Pessoas como nós. Que se misturam na multidão e passam quase sempre despercebidas. Afinal, o centro das atenções ainda é Mercado Público. Que bom!
Postado por Luzia Vidal
O garçom mais antigo do Mercado esbanja simpatia no Bar do Goiano
6 de novembro de 2009 às 21:03
Por aqui trabalho é o que não falta, principalmente nos sábados. Luís sai cedo de casa, chega ao bar, organiza as mesas e no final da manhã começa o agito que pode acabar somente no fim de tarde. O experiente garçom resume a paixão pelo local dizendo que o movimento de pessoas e a alegria do lugar é o que mais contagiam todos.
Postado por Marcieli Zucchi
Foto: Luzia Vidal.
O Mercado de hoje
5 de novembro de 2009 às 14:00
Vão Central do Mercado - Aqui você encontra muita música, uma
variedade de pratos típicos e claro, aquela cerveja bem gelada.
Corredor da Ala Sul - Movimento intenso durante todo o dia.
Ala Sul do Mercado - Destaque para o comércio de peixes.
Ala Norte - Comércio predominante de calçados.
Fotos: Emanuel Soares.
Nordestino fácil de encontrar no Mercado
4 de novembro de 2009 às 09:00
Valter Alves de Araújo é vendedor ambulante e está sempre variando os produtos que revende no entorno do Mercado. Mais conhecido como Ceará, dependendo do dia, ele comercializa óculos, carteiras de bolso, cintos ou até mesmo castanha de caju.
O nordestino chegou a Florianópolis com intenção de mudar de vida e hoje vive com o que ganha como ambulante. “Tem dias que vendo bem, outros nem tanto, mas o movimento bom mesmo é no verão”, comenta Ceará.
Uma pessoa simples e extremamente extrovertida, Ceará fez muitos amigos no Mercado e formou uma boa clientela nestes oito anos em que trabalha por aqui. “Adoro esse lugar! Além de tudo, aqui é o meu ganha pão”, finaliza o vendedor.
Postado por Luzia Vidal
O antigo Mercado Público
2 de novembro de 2009 às 20:00
A partir da segunda metade do século XIX, Florianópolis, na época ainda chamada Desterro, ganhava o primeiro Mercado Público. Lá, eram comercializados uma variedade de peixes, frutas e verduras. O prédio que era localizado em frente da atual Praça XV de Novembro, foi palco de todo o comércio pesqueiro da Ilha de Santa Catarina por 45 anos.
Cenário da região central de Desterro (Florianópolis),
no fim do século XIX com destaque para a Praça XV de Novembro
e ao fundo o antigo Mercado Público.
Grande movimento no comércio do antigo Mercado Público.
Postado por Evandro Bossle
Esse post é pra você ficar mais "ladino"
1 de novembro de 2009 às 16:00
Os termos utilizados pelos ilhéus nem sempre são fáceis de decifrar. Mas nós estamos aqui! E agora você já pode entender melhor o que o nosso povo fala. Lembrando que para isso, contamos com a ajuda de Fernando Alexandre, autor do Dicionário da Ilha - Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina.
Afamilhado – Cheio de filhos.
Água de barrela – Água suja.
Aí, né... - Expressão utilizada para continuar a explicar um fato.
Baita – Enorme.
Balofo – Pessoa gorda.
Barde – Balde.
Bater uma chapa – Fazer uma radiografia.
Cobrêro – uma espécie de micose na pele.
Coça – Surra.
Colmichão – Coceira.
Digraçada – Desgraçada.
Disarrisca – Desmarca.
Funda – Estilingue.
Iscarnento – Pessoa que merece desprezo.
Istepô – Expressão utilizada para dizer que a pessoa não é boa.
Ladino - Pessoa esperta.
Mazanza – Tolo.
Me admira de ti! – Surpreso (mau sentido).
Me arrombei-me todo – Me dei mal.
Pomboca - Órgão genital feminino, lamparina.
Roupa Velha – Prato típico com sobras de carne e feijão.
Xispá – Sair correndo.
Zóio – Olhos.
Postado por Evandro Bossle
Veja o mapa e localize-se
30 de outubro de 2009 às 19:00
O Mercado Público de Florianópolis está localizado em frente ao Largo da Alfândega e ao lado do Terminal de transporte coletivo, o TICEN (Terminal Integrado do Centro). Entre a Avenida Paulo Fontes e o calçadão da Rua Conselheiro Mafra. Se você está na Ilha de Santa Catarina e não foi ao ponto mais tradicional da cidade, o que está esperando?
Venha conhecer o HappyHour a partir das 17 horas de segunda a sexta-feira , o peixe fresco na Ala Sul, a comida típica da cidade e o comércio de calçados e artesanatos na Ala Norte. Nos sábados, o agito fica por conta das rodas de samba no Vão Central e manifestações culturais no entorno do complexo.
Postado por Luzia Vidal
O vendedor de biscoitos também é figura conhecida por aqui
29 de outubro de 2009 às 21:20
Todos os dias, de segunda-feira a sábado, é a mesma rotina para o vendedor ambulante de biscoitos, Zelindro Farias. Faz 28 anos que ele estaciona a Brasília vermelha no entorno do Mercado Público e vende uma variedade de biscoitos, rosquinhas e amanteigados.
Quem tem o costume de passar pelo local, dificilmente deixou de experimentar os produtos. Neste tempo em que trabalha no Mercado, Zelindro já conquistou muitos clientes. “Tem gente que vem de fora e antes de ir embora da uma passada por aqui para levar uns biscoitos para casa”, afirma orgulhoso o vendedor. Ele diz que tem clientes de todos os lugares do Brasil e estrangeiros também. Mas são os manezinhos, os maiores clientes.
A paixão pelo Mercado é tanta que Zelindro dificilmente deixa de vir para o complexo comercializar os biscoitos. “Eu gosto muito deste lugar, isso aqui é um grande patrimônio para a cidade. Sinto falta quando não posso vir trabalhar por aqui”, revela emocionado.
Postado por Evandro Bossle
Foto: Luzia Vidal.
Não entendeu o que foi dito? Nós ajudamos!!!
28 de outubro de 2009 às 14:48
Hoje pesquisamos alguns dos termos mais utilizados no interior do Mercado Público. Fique ligado e aprenda com a gente. Todas as palavras foram retiradas do Dicionário da Ilha - Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina, autoria do nosso grande parceiro Fernando Alexandre.
Abafar – Roubar, furtar.
Abobado – Apalermado, tolo.
Achincalhar – Ridicularizar, rebaixar.
Bacuri – Filho.
Baga – Caroço.
Cabano – Orelha de abano.
Cacau – Chuva forte e rápida.
Cá-de-que? – Porque?
Cagão – Pessoa de sorte.
Digero – Ligeiro.
Digerinho – Rápido.
Esticar o pernil – Morrer.
Grude – Pirão mal feito.
Mandrião – Pessoa preguiçosa.
Postado por Emanuel Soares
Mercado Público de Floripa no passado
26 de outubro de 2009 às 13:36
Que o Mercado tem 110 anos e muita história para contar, todo mundo sabe! Agora, você já viu como o complexo era no início do século XX? Nós corremos atrás e encontramos no site do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina (IHGSC), algumas fotos da época. Vale a pena conferir!
Imagem externa do Mercado Público
Movimento intenso do comércio na atual Rua Conselheiro Mafra
Ao fundo, o prédio da Alfândega.
Foto do vão central após a conclusão da segunda ala, das torres
e da ponte que interliga os dois pavilhões - Início da década de 30.
Postado por Evandro Bossle
Fala "manezinho"
23 de outubro de 2009 às 13:00
No Mercado Público é comum nos depararmos com frases e termos curiosos. Parece outro idioma. O dialeto cultivado por muitos manezinhos pode ser estranho mesmo para quem vive em Floripa.
Para acabar de vez com esse problema, semanalmente vamos postar os verbetes mais utilizados com os possíveis significados de cada palavra ou expressão. As informações são retiradas do Dicionário da Ilha - Falar & Falares da Ilha de Santa Catarina, com autoria de Fernando Alexandre, Editora Cobra Coralina, 28ª Edição.
Postado por Luzia Vidal
Quem anda pelo Mercado Público?
22 de outubro de 2009 às 13:50
Aos 50 anos, o poeta Uby Oliveira é figura conhecida dos frequentadores mais assíduos e de comerciantes do Mercado Público. Desde 1994, Uby passa pelo complexo diariamente divulgando e vendendo as poesias de sua autoria. Em 2009, Uby resolveu expandir e agora mantém também um blog na rede.
"Aqui as pessoas transmitem muito carinho, isso aumenta minha auto-estima e me mantém vivo para produzir a minha arte", revela o poeta que diz se sentir em casa quando trabalha no local.
Postado por Marciele Zucchi
História e tradição do Mercado Público de Floripa
20 de outubro de 2009 às 11:00
Com 110 anos o Mercado Público de Florianópolis é o ponto de parada mais tradicional da cidade para muitos nativos, artistas, políticos, personalidades e turistas. O comércio agitado, a gastronomia local e as manifestações culturais são os principais atrativos deste espaço.
Inicialmente, o atual Mercado Público contava com apenas uma ala. Somente em 1915 começaram a construção do segundo complexo igual ao primeiro, as quatro torres, as pontes que interligam as duas edificações e o vão central.
Durante todo o período de existência, o Mercado já sofreu diversas reformas, mas foi em agosto de 2005 que um incêndio destruiu totalmente o interior da Ala Norte. A reconstrução aconteceu em seguida e seis meses após a tragédia, o espaço foi reaberto novamente para o público.
O que muita gente não sabe é que Florianópolis, na época chamada Nossa Senhora do Desterro, contava com outro Mercado Municipal. Desde 1851 o ponto de comércio de peixes, carnes de sol, frutas e verduras estava estabelecido em um prédio retangular com duas portas (cada porta em uma extremidade), no Largo da Matriz.
Os 45 anos foram marcados pelo movimento intenso de pessoas e mercadorias e pela concentração de diversas barracas, conhecidas como “barraquistas”. Após muitas discussões, em 1896, o prédio é demolido e outro foi erguido na atual Rua Conselheiro Mafra, onde permanece até hoje.
Postado por Evandro Bossle